domingo, 19 de dezembro de 2010

E no fim o recomeço...

Fui tomada pelo pavor quando pensei na morte. Não pela morte em si, mas pela não-vida sem você. E aquilo me afetou mais do que eu previa. Te perder é tão inconcebível... Mas, por outro lado, essa tua vontade de me deixar perto me deixa segura. Me faz conseguir tocar o futuro ainda que ele não tenha sido completamente traçado. Teu amor é minha maior preciosidade, teu amor é a fonte de toda a minha vontade de seguir em frente, traçar planos, te esperar após cada chuva. É a tua mão que desejo segurar quando sinto medo, é o teu cheiro que desejo encontrar na minha pele. É você, e só você, quem me tira o sono e se encaixa perfeitamente no meu corpo. É você a quem desejo dar um bom dia de braços abertos. A você os meus filhos chamarão de pai. Com você dividirei minha vida, minhas alegrias, meu cansaço, minhas preocupações.. Minha felicidade só será completa enquanto você estiver ao meu lado, e, ainda que distante por alguns dias, a certeza de quem somos me trará conforto.

Ainda que o fim chegue por debaixo do meu vestido, eu serei feliz. Ainda que eu não te veja mais, eu serei feliz. Ainda que o destino seja cruel, eu serei feliz. Ainda que tudo se acabe, eu serei feliz, pois fui tua. E, no mundo, não há felicidade maior que esta.

Eu te amo. Eu te amo, Minha Paz.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Desculpa 2.0

"Não sei se te pedi suficientes desculpas por eu ter precisado fazer aquilo, e nem precisa dizer que não há quantidade quilométrica no mundo de apologizes que levem embora a ferida que te fiz.."

É sempre duro começar a escrever um post com um título assim. São muitos os motivos, e as palavras fogem... Não sei se posso, realmente, pisar no orgulho e pedir desculpas. Te fiz feridas demais, e me cortei por tabela; de pensar que poderia ter sido tão diferente...
Eu amo você e é realmente difícil ficar assim. Mas somos dois corpos, duas cabeças (duras), duas ideias que não se torcem... E, mesmo sem saber se posso, desculpa..

... ainda que isso não feche a ferida que eu te fiz.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Soneto de devoção

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda as marcas dos meus dentes nela.

Essa mulher é um mundo! - uma cadela
Talvez... - mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foir tão bela.

Caderno

- Algum dia:

Quando você me olha com teu jeito (doce), não há nada que eu possa fazer para fugir. Te encontrar na minha estrada foi a felicidade completa; ah, que prazer parar o carro e seguir viagem com você do lado!

- Semana passada:

Não há nada que me faça voltar atrás. Não há nada que me faça querer sair do teu colo.
Tua vida na minha vida, teu corpo, teu sabor, nosso encaixe suave e tranquilo. Quantas e quantas vidas passaram até que eu te encontrasse? Quantos dias eu corri pra te ver na linha de chegada? E você me esperando, com um sorriso aberto, sem imaginar o que nos aconteceria.

Que tranquilidade me abraçar na tua cintura e descobrir que o mundo inteiro está aqui: tua vida na minha vida, juntas, enfim.

- Ainda na semana passada:

Como essa cidade fica triste sem você... as ruas escurecem, a chuva inunda tudo, as pessoas se recolhem em suas casas... mas quando você chega todo o meu dia se enche de paz. O meu corpo inteiro treme quando você me abraça e tira a minha roupa. Minha vida ganha cor quando se mistura à tua... na cama... no chão...