O passar das horas, sempre a afligia. Temia ter que ir. Mas por mais que eu não quisesse, era impossível não ouvir o TIC, TAC, TIC, TAC, TIC, TAC, TIC, TAC...
Ela, pra se distrair, usou o ritmo como música e dançou com as mãos TIC, TAC, TIC, TAC, TIC...
Eu, mesmo assim, não conseguia parar de observar seus traços finos e seu corpo macio sob as cobertas. Ela tinha preguiça de levantar. Queria que o mundo estivesse ali (e ele estava). Eu pensava em como o tempo escorria entre nós três - ela, o relógio e eu: TIC, TAC, TIC, TAC...
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