sábado, 11 de setembro de 2010

A saudade que a lembrança tinha

Escrever não tem sido a minha praia nos últimos dias. Ando tão cansada, sabe. As cores se misturaram de vez, minha vida perdeu o equilíbrio que eu nunca tive. Passo o dia mergulhada em livros e correndo pelos corredores, fugindo dos prazos. Mas é tão bom quando paro por pelo menos dois minutos e me jogo no pátio, com uma única ocupação: pensar em você. As pessoas começam a desaparecer, e eu quase posso tocar o teu perfume que fica grudado no teu beijo. Às vezes eu passo bem mais que dois minutos desembrulhando a nossa estrada, que eu deixo guardada na bolsa como um tesouro de valor infinito. Você faz tanta falta nesses meus dias corridos e cansados. Me dá saudade de chegar em casa e ficar acordada com você, mesmo que seja pra conversar bobagens. Você sempre me faz sentir aquela coisa, aquela coisa que arrepia todos os meus pelos e abre meus poros de tanto prazer. Mas eu não te esqueço, não, viu. Como no outro dia em que eu vi num livro a minha descrição perfeita (olhar baixo, andar lento, risos involuntários...), e só não te liguei porque estava realmente ocupada. Você não precisa estar por perto pra dizer que está comigo. Tudo, tudo, me faz lembrar você.

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